A comparação entre semaglutida e tirzepatida no contexto de performance atlética envolve múltiplos fatores, já que ambos os fármacos são agonistas do receptor de GLP-1 (a tirzepatida também atua como agonista dual de GIP), com efeitos potentes na redução de apetite, perda de peso e melhora da sensibilidade à insulina. No entanto, eles podem afetar negativamente a performance atlética se não forem bem manejados, principalmente em indivíduos com alta demanda metabólica, como atletas. Abaixo, uma análise comparativa:
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1. Efeitos sobre massa muscular
•Semaglutida:
•Associada a maior perda de massa magra proporcional ao emagrecimento (estudos sugerem até 40% da perda de peso vindo de lean mass).
•Isso pode afetar diretamente a força, potência e resistência muscular.
•Tirzepatida:
•Embora também cause perda de massa magra, estudos indicam preservação muscular um pouco maior do que com semaglutida.
•A maior melhora da sensibilidade à insulina via ação dual (GLP-1 + GIP) pode contribuir para menor impacto na performance física.
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2. Efeitos sobre metabolismo energético
•Ambas reduzem o apetite e podem induzir um balanço energético negativo significativo.
•Isso, sem monitoramento nutricional adequado, diminui a ingestão de calorias e proteínas, impactando:
•Níveis de energia.
•Capacidade de recuperação.
•Estoques de glicogênio muscular.
•A tirzepatida, por melhorar mais significativamente a captação de glicose periférica, pode poupar mais glicogênio muscular, beneficiando atletas de endurance em teoria.
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3. Tolerância e efeitos adversos
•Semaglutida tem maior taxa de intolerância gastrointestinal, o que pode:
•Reduzir ainda mais a ingestão alimentar.
•Impactar treinos intensos com náuseas e desconforto.
•Tirzepatida tem perfil semelhante, mas estudos indicam melhor tolerância em doses ajustadas.
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4. Performance em atletas
•Ainda são escassos estudos diretos com atletas, mas os dados sugerem:
•Tirzepatida tem menor impacto negativo sobre a performance atlética.
•Em ambos os casos, a perda de performance não vem do fármaco em si, mas da perda calórico-proteica e muscular associada.
•Reposição nutricional adequada + estímulo mecânico (musculação) são essenciais para mitigar esses efeitos.
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Conclusão
•Tirzepatida é menos prejudicial à performance atlética do que semaglutida, especialmente quando a prioridade é preservar massa magra e sensibilidade à insulina.
•Nenhum dos dois deve ser utilizado em atletas de alto rendimento sem supervisão multidisciplinar (nutricionista, endocrinologista, treinador).
•A individualização com ajustes dietéticos, uso de HMB, creatina, beta-alanina e proteína adequada é essencial para evitar perda de desempenho.

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